Todos nós sabemos que poupar é importante, e certamente é algo que deveríamos fazer. Mas apesar de sabermos muito sobre isso, principalmente porque se trata do nosso próprio dinheiro, poupar, é o que menos somos capazes de fazer em nosso dia a dia. Portanto, a questão aqui não é o que fazer, mas, como fazer? E certamente, as dicas que você usa como forma de poupar todos conhecem, o que temos que aprender é como impedir os gatilhos que manipulam o nosso cérebro e nos tornam falíveis. Este artigo irá lhe mostrar três truques psicológicos que você poderá usar para poupar cada vez mais.
Como poupar dinheiro?
Ser uma pessoa que poupa dinheiro não está relacionado ao quão esperto você é, ou, quão inteligente, ou quão motivado você se sente. Relaciona-se ao quão estimulado você está pelo ambiente ao seu redor. Se separarmos em dois grupos, pessoas com renda mensal de R$998,00 e pessoas com renda até cinco salários mínimos, aquela que recebe menos, ainda poderá ter poupado mais em relação ao que ela recebe mensalmente em comparação com quem ganha a mais. Como? A pessoa que recebe apenas um salário mínimo está menos exposta a estímulos!
O nosso cérebro reage a gatilhos disparados pelo ambiente. Já reparou que num dia muito quente, se estamos em casa, bebemos água, suco, ou refrigerante gelado de dentro da nossa própria geladeira mas, se estamos numa praça e vemos uma lanchonete com o letreiro de uma marca de refrigerante conhecida, certamente preferimos algo como aquela garrafa de água gasosa e açucarada com corante que não mata a sede. Porém, se ao sairmos de casa nos lembramos de que passaremos muitas horas fora e levarmos uma garrafa com água gelada, por exemplo, ao sentirmos sede e nos saciarmos com a água que trouxemos, evitamos ser estimulados pelo letreiro.
Evitar os gatilhos publicitários
A publicidade das empresas é especializada em manipular a mente das pessoas para que elas comprem, e a maioria dos produtos de que não precisamos, são comprados por impulso. Sendo assim, não adianta estabelecermos a nós mesmos, regras que certamente serão quebradas. Já reparou que quando assumimos compromissos como o de fazer dietas estipuladas por alimentos pesados e medidos milimetricamente, a maioria de nós, exceto virginianos, está fadado a fracassar? Isso acontece porque a forma como a nossa mente funciona e estabelece parâmetros, não é robótica. A nossa mente é criativa e maleável.
Então, o primeiro passo para evitar os gatilhos publicitários é nos afastarmos deles, como? Identificando os aplicativos de lojas nos celulares que você mais tem gastado, evitar andar com o cartão de crédito em dia de semana, preferir marcar encontros distantes de shoppings…
Seja o você mesmo do futuro
A nossa mente determina inconscientemente, aquele que é o eu do presente, e o eu do futuro. O eu do presente pode não ser perfeito, nem compromissado, relaxado e até sem propósito, já, o eu do futuro, por sua vez, tem mais dinheiro, segue um estilo de vida saudável, é determinado, e seguro de si mesmo, porque desenvolveu um propósito para a vida. Então, se selecionarmos um grupo de pessoas e lhes perguntarmos sobre o quanto elas poupam hoje, e para um outro grupo, o quanto elas pretendem poupar o mês que vem, o grupo que foi estimulado a pensar como o eu do futuro será, ao menos, dez por cento mais otimista.
O desafio daquele que pretende poupar então é, ser Ele mesmo do futuro no presente. E ele não precisa ser perfeito, ele não precisa acertar de primeira, mas deve fazer sempre este exercício.
Tente não boicotar a si mesmo
Ao identificar os hábitos que costumam te fazer gastar mais e impedir que você poupe dinheiro, procure se livrar daqueles que você considera mais fácil, primeiro. Deixe os mais difíceis para depois, assim, quando você perceber que conseguiu superar pequenos hábitos se sentirá mais confiante, estimulado para continuar o bom trabalho, e com bom desempenho. Se pensar em começar pelo mais difícil pode não conseguir, se frustrar e consequentemente desistirá logo em seguida.
Evite o pensamento de recompensa imediata. O seu cérebro entende que deverá ser recompensado após algum esforço, e isso é inevitável, porém, lutar contra algo tão natural do ser humano pode ser cansativo. Então, não lute, ao invés disso, aceite. A sua recompensa é a paz de não ser atormentado pelas inúmeras contas que fez ao longo do ano, e que te impossibilitam de realizar algo realmente importante como, se mudar para um bairro melhor, comprar um carro, tirar férias, investir num curso, entre outras.