Recentemente um comunicado importante feito pelo Banco Mundial e Organização das Nações Unidas, ressaltou o impacto dos os efeitos prolongados do clima sobre as grandes empresas. Eles chamaram a atenção para o aumento no cálculo de prejuízos relacionados ao clima, que praticamente quadruplicou desde 1980, passando de US $50 bilhões por ano para aproximadamente US $200 bilhões. Os números alavancaram na última década.
As secas, as cheias, as queimadas e a manipulação desordenada de recursos naturais, são apontados como principais causas do problema, que a longo prazo podem resultar na escassez irreversível destes recursos.
Como a mudança climática pode prejudicar as grandes empresas
A Coca-Cola perdeu lucros altos em 2004 quando atuava na Índia e houve racionamento de água por conta da seca. Problemas relacionados a grandes indústrias afetam centenas de famílias que dependem destes empregos.
O clima imprevisível dos últimos anos vem representando riscos sobre a manutenção de recursos naturais. A agricultura, a infra estrutura operacional e as cadeias de abastecimento apresentam dificuldades de operação e podem sofrer racionamento de água e energia.
Empresas grandes como Coca-Cola, ExxonMobil, LeviStrauss, Starbucks e muitas outras, que utilizam uma grande quantidade de água na fabricação de seus produtos também podem ter o seu abastecimento interrompido devido à chuvas irregulares, enquanto a elevação do nível do mar e grandes tempestades, ameaçam a infraestrutura de muitas outras empresas. Algumas destas empresas já atuam sob controle destes recursos.
Banco Mundial aposta em Empresas de Clima e Política Energética
A ONU divulgou um relatório no qual implica a atividade humana como maior responsável pelas mudanças do clima, e pede o apoio de vários países para uma solução rápida sobre o problema. Centenas de cientistas de todas as partes do mundo colaboraram para a edição do relatório.
Mas a colaboração mundial do sistema corporativo pode ser muito difícil de ser alcançada. Mesmo quando todos estão dispostos a colaborar para a solução de um grave problema, surgem questões políticas que impedem qualquer tipo de mudança positiva. Outra questão se dá, quando o problema parece ser tão distante da atual realidade, que qualquer medida a ser tomada como prevenção neste momento, parece ser desnecessária.
“Temos visto uma grande liderança climática de países e empresas”, disse o presidente do Banco Mundial Kim, “mas as emissões ainda estão aumentando … Este é o ano para agir sobre a mudança climática. Não há desculpas. “
Como solução para este impasse, o presidente do Banco Mundial, Kim, aposta na abertura de empresas de consultoria de Clima e Política Energética, cujos os interesses financeiros estão relacionados a auxiliar organizações empresariais a avaliar com precisão os riscos futuros do uso de recursos naturais, fornecendo as mesmas, ações preparatórias e preventivas.
Atualmente, apenas algumas ONGs como o GreenPeace Brasil, desenvolvem a função de orientar e esclarecer sobre os riscos do mau uso de recursos naturais. Eles apontam algumas soluções para o problema:
- Investir em política energética inteligente pode suprir a metade da demanda mundial até 2050. Veja o estudo completo neste link: Revolução Energética – Perspectivas para uma energia global sustentável
- Incentivar o setor de novas energias pode gerar até 8 milhões de empregos no mundo.
- Zerar o desmatamento no mundo que jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera.
- Conservar os oceanos pode favorecer a absorção de CO2 da atmosfera.
Cuidar do meio ambiente economiza dinheiro
Medidas simples como, trocar as torneiras comuns por aquelas com fechamento automático, trocar a iluminação incandescente por lâmpadas fluorescentes, iluminar o espaço com luz natural, evitar a correspondência por papel, diminuir uso de material reciclável como copos plásticos, trocar os vasos sanitários por aqueles com caixa d’água acoplada, e evitar vazamentos e problemas na fiação elétrica, são medidas simples que podem economizar muito dinheiro no fim do mês.