O ano de 2015 já começou anunciando um período de grandes dificuldades para as empresas brasileiras por conta da falta de chuva no país e a baixa nos reservatórios. Alguns estados preveem o racionamento de água para empresas de diversos setores, o que naturalmente afetaria o faturamento destas empresas pois muitas delas dependem exclusivamente da água.
Num levantamento feito pela FIESP, onde foram ouvidas 413 empresas de pequeno, médio e grande porte, os números apontam que mais da metade delas, 67,6%, estão preocupadas com o racionamento.
Esta é a maior crise hídrica enfrentada desde os últimos 84 anos, e a situação é aparentemente irreversível, visto que estamos no verão, época conhecida como”temporada de chuvas”, mas as chuvas não vem acontecendo conforme o esperado. Com a chegada do inverno as chances de chover nas regiões serão ainda menores. Alguns representantes de estado já anunciaram que deverão conter o abastecimento de empresas, fábricas e indústrias para manter o abastecimento público.
As empresas consomem, aproximadamente 70% da água dos rios e represas, enquanto o comércio, 20%. Os 10% restantes são de consumo público.
Então, diante desta situação alarmante, as empresas deverão se preparar para economizar água para sobreviverem, enquanto o governo não se pronuncia a respeito e nem mesmo assume o problema.
Criatividade e tecnologia contra a crise hídrica no Brasil
Bares, restaurantes, lava rápidos, lavanderias, e Pet Shops, dependem quase que exclusivamente da água para se manterem ativas, e portanto deverão adotar algumas medidas essenciais, como, torneiras com temporizadores para lavar as mãos, dispositivos à jato que liberam a água com maior pressão e em menor quantidade, técnicas de reaproveitamento de água para a realização da limpeza de áreas externas e mudança de hábitos.
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Seria interessante se o governo criasse um linha de crédito específica para empresas interessadas a realizar tais mudanças, adaptar caixas d’água, calhas coletoras, cisternas, poços artesianos, e até mesmo geradores de energia. Mas talvez isto seja esperar demais.