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Por que os imigrantes enriquecem no Brasil

Estamos vivendo um momento de grande crise no Brasil. As decisões tomadas pelo atual governo, no passado, começarão a afetar a economia brasileira nos anos seguintes, mas, esta não é a primeira vez que o nosso país sofre com a crise. O Brasil já passou por tempos muito difíceis, e muitos de nosso povo viveu, ou, ainda vive na mais completa e realista miséria. Porém, mesmo em um cenário crítico, algumas pessoas se superaram e enriqueceram. O destaque fica para os imigrantes, portugueses, italianos, japoneses, sírios e libaneses.

Mas como eles conseguem crescer? O que acontece com os brasileiros que vivem aqui desde que nasceram e, até chegaram  a cursar faculdade, mas, não conseguem enriquecer? Como os imigrantes, vindos de regiões diferentes do globo, sem nada conhecer sobre o Brasil e a nossa cultura,  foram capazes de fazer fortuna em nosso país?

Este pequeno resumo de tudo pode nos ajudar a compreender melhor sobre cada um destes povos.

Por que os imigrantes enriquecem no Brasil

De modo geral, os imigrantes recebiam salários muito baixos nas fábricas ou nas lavouras, e ainda eram obrigados a disputar as vagas de empregos disponíveis com brasileiros e ex escravos. Sendo assim, muitos preferiam trabalhar por conta própria, tornando-se vendedores de frutas, verduras, mascates, e artesãos. Mas cada povo desenvolveu o seu próprio método de ganhar dinheiro, e o preservam até hoje como herança familiar. Conheça as características de cada um rumo ao sucesso de seus empreendimentos.

Os portugueses criavam oportunidade para trabalhar

A imigração dos portugueses para o Brasil teve início em meados do século XIX, logo após a proibição do tráfico negreiro em 1850. Muitos destes imigrantes chegavam ao país sem recurso algum, com a viagem paga por colonos, uma dívida que deveria ser saudada com o trabalho nas lavouras, e até lá não havia pagamento. A situação destes imigrantes era precária e a maioria analfabeta mas, até 1857 os portugueses já eram proprietários de 35% dos imóveis no Brasil, enquanto os brasileiros possuíam 44% dos mesmos. Ou seja, em sete anos estes imigrantes saudaram suas dívidas e se tornaram comerciantes bem sucedidos. Seu principal produto era o retalho, e, as vendas tiveram início com os caixeiros viajantes. Os caixeiros viajantes eram ambulantes que se dispunham a vender produtos de porta em porta e, de cidade em cidade.

Na época, os lusos dominavam o comércio em vários estados brasileiros, o que gerou conflito entre eles e o nosso povo, pois eram acusados de contratar somente imigrantes vindos de seu país, Portugal. Esta prática impossibilitava o desenvolvimento dos brasileiros e muitos comerciantes portugueses foram mortos por conta desta atitude.

Os italianos tinham visão empreendedora

De acordo com registros da imigração do Rio Grande do Sul e relatos de descendentes italianos, enquanto muitos imigrantes se instalavam no centro do Brasil, (Rio de Janeiro e São Paulo), onde a sua principal função era substituir a mão de obra escrava, aqueles que foram para a região Sul do país, podiam comprar terras a um preço muito baixo e com prazo de até dez anos para pagar. O valor das terras era cobrado pelo Império.

Uma vez que estes italianos estavam instalados, passaram por muitas dificuldades, pois não haviam estradas para as carroças e o trajeto era muito difícil. Cartas da época revelam que eles contavam com a fé para continuar no caminho iniciado, pois ali não havia nada. Porém, com o passar dos anos, a região foi crescendo, e os italianos tinham uma visão empreendedora, compravam terrenos onde acreditavam que se construiria a ferrovia, de acordo com os planos do Império. Uma vez que esta ferrovia era construída, muitos comércios se estabeleciam à sua volta, desenvolvendo a região.

Os japoneses eram rigorosos, disciplinados e trabalhadores

O navio que trouxe os imigrantes japoneses ao Brasil aportou em São Paulo no ano de 1908, através de um acordo admitido entre o nosso país e o Japão. A população imigrante japonesa foi destinada a trabalhar em lavouras por 5 cinco anos e, segundo um sistema criado para que eles não abandonassem as fazendas, foi possível que economizassem dinheiro para comprar as primeiras terras no país. O trabalho duro destes japoneses e a sua disciplina, era o que mais chamava a nossa atenção.

Como as diferenças culturais eram muito distintas, os primeiros imigrantes optaram por não se dedicarem a aprender a língua portuguesa, e mantinham escolas onde se ensinava o próprio idioma, cultura, trabalho, honra e disciplina.

Os sírios e libaneses tinham ambição

A ambição era uma característica do povo sírio e libanês recém chegado ao Brasil como imigrante em 1860. Eles eram um povo que contavam com a possibilidade de fazer muito dinheiro, pois assim podiam envia-lo para suas famílias no Líbano. Embora a ambição seja uma característica mal vista pela sociedade, entendemos que, sem ela, não é possível a realização de muitas conquistas e prosperidade.

Eles se estabeleceram entre São Paulo e Rio de Janeiro. Se tornaram grandes comerciantes, mas antes receberam o apelido de mascates. Mascate é o nome da maior capital de Sultanato de Omã, em transliteração árabe Masqat.

Observando os traços e características de todos estes povos, podemos aprender muitas coisas e também admirar com um olhar mais crítico, o perfil do trabalhador brasileiro. A exemplo dos portugueses, sim, nós somos um povo muito criativo, mas, preferimos esperar que surjam oportunidades ao invés de nos convencer de que podemos criá-las por nós mesmos. Por outro lado, também somos um povo empreendedor, porém, não pensamos muito no futuro como os imigrantes italianos. A maioria de nós nem mesmo se programa para receber uma boa aposentadoria, ou, se quer, pensa em investimentos que garantam o nosso futuro. Além disso, não somos nada disciplinados como os orientais japoneses. Nossos filhos são mimados e imaturos, criados para mamarem nas tetas das fábricas ou empresas em que trabalham, como se, as mesmas tivessem a obrigação de criá-los, ao invés de, haver um esforço próprio da parte deles mesmos para auxiliar que a empresa e, eles também, cresçam profissionalmente. Logo que os brasileiros conseguem um emprego, consideram os benefícios e as obrigações da empresa, caso sejam mandados embora. Infelizmente, ainda, nos dias de hoje, contamos com o show e, o famoso jeitinho brasileiro. Aquele mesmo jeitinho que nos fez levar sete gols da Alemanha, sem técnica, sem esforço, sem disciplina, sem nada.

E, para finalizar este artigo, temos a péssima mania de interpretar a ambição como algo ruim, afinal, somos um país praticamente cristão, e a religião prega exatamente isto. Acontece que, existe a ambição e, a ambição. A diferença é que, aquela que te faz ser bem sucedido por fazer o que ama e não tira o que é do outro injustamente, não deve ser interpretada como pecado.

Desejamos sucesso em seu negócio.

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